“Kohlhaas disse, enquanto tomava, comovido, o chapéu entre as mãos: de modo que sendo assim não poderei tomar parte, reverendíssimo senhor, no beneplácito do perdão que vos implorei? Lutero respondeu, seco: por teu salvador, não; isso ficará reservado ao príncipe eleitor, conforme a tentativa que prometi fazer! E com isso assinalou ao fâmulo que encaminhasse a tarefa que lhe havia dado sem mais retardos. Kohlhaas botou ambas as mãos sobre o peito com a expressão do mais doloroso sentimento estampada no rosto; depois seguiu o homem que lhe iluminou as escadarias e desapareceu.”
(“Michael Kohlhaas”, de Heinrich Von Kleist)