Talvez nenhum filme encarne tão bem o personagem David Bowie do que “O Homem que Caiu na Terra”, de Nicolas Roeg. Nem “Fome de Viver”, em que o artista vive um vampiro.
Esse ser misterioso que aparece na Terra para tentar salvar seu planeta é seu par mais enigmático no cinema. Assim como Bowie é. A cada disco, um personagem. Lança tendências, moda e é influente até quando está em retiro.
Aconteceu no ano passado, quando lançou surpreendentemente “The Next Day”, seu primeiro álbum de inéditas desde 2003.
A exposição “David Bowie”, que está no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, pretende ajudar a decifrar as nuances do artista. Concebida pelo Victoria and Albert Museum, de Londres, a mostra fica aberta ao púbico até dia 20/4.
Para acompanhar a exposição, a Cosac Naify, em parceria com o MIS, lançou o livro “David Bowie”, espécie de catálogo da mostra. Um portentoso documento que amplia a percepção da exposição, com artigos e análises sobre o artista.
O livro é uma preciosidade. Traz fotos dos figurinos das turnês, manuscritos das letras, partituras, além de uma farta fortuna crítica e iconográfica.
A capa do livro é uma variação de “Alladin Sane”, o disco, uma brincadeira com a expressão “a lad insane” (um rapaz insano).
Quem comprou os primeiros exemplares do livro ganhou uma camiseta – ainda não sei se o brinde está disponível.