“O Josué bebeu a voz do pai do Cosme e envolveu-se de felicidade, transformou-se em açúcar. O Josué teve vontade de abraçá-lo, mas permaneceu no centro do alguidar, de pé, como se fosse espalhar-se numa explosão incandescente.”
Uma amiga me mandou esse trecho, do “Livro” (Companhia das Letras), escrito pelo português José Luís Peixoto, pelo chat do Facebook.
A conversa começou quando mostrei a ela a nota fiscal de compra de “O Último Amigo” (Bertrand), do marroquino Tahar Ben Jelloun, sua indicação para mim que veio após ela ler o post sobre Antonio Tabucchi.
Eu tenho uma certa obrigação a seguir suas sugestões, imposta por mim, afinal, foi por ela que cheguei a “Lavoura Arcaica” (Companhia das Letras), a obra máxima de Raduan Nassar e, talvez, O Livro para mim. Então, se alguém me indica essa leitura, eu tenho que continuar a ler suas novas sugestões.
“O Último Amigo” em breve chega em casa. Depois, será a vez de “Livro”. Essa troca, seja pessoalmente, em conversas livres, seja por meio eletrônico, é das coisas mais saborosas da literatura.
Apesar de no cabeçalho do blog ter uma frase de Virginia Woolf que, de alguma forma, prega não aceitar conselhos no assunto literatura, é tentador descobrir livros lidos por outras pessoas, mesmo que os novos títulos se intrometam na fila dos que já estão em casa.
A frase de Virginia Woolf está no alto do blog pela ambiguidade que ela carrega. E é por causa dela que vou ler as duas sugestões.
* Para Aline. Sempre.
Um comentário em “Do Facebook para a cabeceira”